sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

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Caroço na garganta, lágrimas querendo sair dos olhos. Queria me deixar triste? Se queria conseguiu. Poxa, se tem uma coisa que eu odeio fazer é escolher coisas e ainda mais sob pressão. E se envolve pessoas então pior ainda. Eu tenho meus amigos porque de alguma forma eles me fazem bem ou porque tenho alguma ou muita consideração por eles. Não é por acaso que eles são meus amigos, tem sempre algum motivo por trás. Eles são meus amigos por suas qualidades, mas é claro que eu não posso desconsiderar seus defeitos, o que tem me afetado muito ultimamente, algumas vezes não consigo ver as qualidades por trás de tantos defeitos, mas tento relevar. Dói quando essa barreira é forçada, mas o que se há de fazer? Só queria que entendessem o quanto eu amo os meus amigos e que não os trocaria por nada nesse mundo e se alguém pudesse fazer algo por mim nesse final de ano seria plantar a paz entre eles, por favor. É só isso que eu peço :S

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Voltei


Talvez esteja percebendo, nesse fim de ano, a importância de ser eu mesma. Por onde andei enquanto a vida me procurava? Ouço um welcome back? Preciso da sua voz dizendo.

É pedir demais?


Quero alguém que encha meus ouvidos, que encha minha alma, que adocique minha vida, que ponha um sorriso de leve no meu rosto, que seja meu motivo pra acordar todos os dias. Quero um mundo todo explicadinho, melhorado. Quero o meu mundo cor de rosa. Quero o meu mundo azul bebê. Quero um olhar blasé e um eu te amo bem de leve.


Quero literatura.
Quero música.
Quero arte.
Quero vida.

Lua


Olho pela janela e lá está você mais uma vez sorrindo pra mim. Brilha e encanta meus olhos. Peço-lhe um favor: vele meu sono. E em minutos me banho, adormecida, com sua luz.

Balão Vermelho


O balão foge de mim, foge do encontro das minhas mãos abertas a esperá-lo, é carregado pelo vento pra tão longe quanto puder. Sua fita amarela desbotada faz me lembrar de uma carta que recebi de alguém querido há algum tempo e sua cor vermelha lembra-me do batom que usava aquela noite. Noite aquela que nunca existiu, mas que posso lembrar-me bem, lembro até mesmo do cheiro do perfume dele. Lembro tão bem que sinto sua pele roçar na minha enquanto segura minhas mãos. Vermelho. Cor do sangue que corre pelo meu corpo. Cor do sentimento pulsante dentro de mim. O sentimento que grita por liberdade. Venha até mim balão vermelho e ponha pra fora tanto sentimento guardado há tanto tempo. Venha e faça valer. Venha.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Ms. Confusion


So... do you know a video that have a little boy who says to his mom that he only likes her when she gives him cookies? Ok... that's how I'm feeling now. Ok, not too much. I like when you call me beautiful or something like that, but I don't know how I'm feeling now, when you called me love. Hey, can you stop to tell me strange things and turn off the messenger? Hm, I really don't know how I'm feeling now. Ok? Thanks to confuse me.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Fluxo de consciência III


Tornados de palavras, ciclones de letras invadem minha mente, como um turbilhão de sentimentos querendo explodir pra fora do meu coração. Meus dedos batem rapidamente no teclado para que lentamente uma por uma as palavras timidamente resolvam sair do seu estado de agitação. Formar textos incompreensíveis, formar um círculo enorme de significados. Pra você ou para mim? Estado de agitação inconcebível. Visão de mundo exacerbada. Olá fluxo de consciência aí está você sorrindo novamente para mim e o tempo não para, estamos perdendo-o a todo instante, hora, minuto, segundo. Você viu? Já passou, mas ainda estamos aqui parados. Viagem no tempo através de pensamentos, viagens materiais? Viagens substanciais. Minha mente vaga por milhares de livros ainda não lidos e um deles me chama a atenção, aquele de capa vermelha, o da esquerda, entre o verde e o azul. O livro dos sentimentos, o livro das divagações. Clarice se faz presente durante todo o processo. Obrigada por um dia ter existido. Obrigada por ser feliz junto comigo, da sua maneira. Preciso de você a cada instante do meu sobreviver. Tradução de sentimentos só podem ser feitas através de suas palavras. Um grande beijo a você que não quis se identificar, mas está aqui escondido.

FIKDIK


A cada um cabe a verdade de si mesmo. Cada qual com suas razões de viver. Siga seu caminho e preste atenção nas pedras que existem no meio dele. Você pode tropeçar se tiver olhando para o lado.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Doce mel


Praia vazia, leve brisa percorrendo os cabelos, olhos fechados, areia sob os pés, vestido branco sendo levado pelo vento, mãos abertas dispostas a receber. Ponha tuas mãos nas minhas, segura-as firme e não as solta mais. Diga que sou tua e que não irás mais embora. Ponha um sorriso em meus lábios com apenas um olhar. Me joga água do mar, encha minha alma de amor salgado. Me joga na paz, na harmonia, traz teu sorriso branco de encontro ao meu. Traz teu coração pra morar junto ao meu. Toca minha pele com tuas mãos das quais tanto sinto falta. Canta aquela música novamente. Não quero te ver longe de mim. Nunca mais.
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.                   (Enlacemos as mãos.)

You belong with me


O que há por trás de teus olhos lacrimejantes? O que há escondido por trás desse coração de pedra que aos poucos se quebra em pedacinhos? O que há por trás de tanta tristeza, tanta desolação? O que há por trás de tanta inteligência? Queria decifrar-te, assim como o enigma da esfinge, ou tu me devoras. Queria dobrar-te em minhas mãos, moldar-te aos meus caprichos. Quero saber o que há por trás de tanto mistério, queria resolver tuas indagações, tuas divagações. Quero ser tua musa inspiradora, o motivo do teu sucesso. Quero ler teu olhar blasé como se fosse um livro e decifrar teus pensamentos. Quero ter teu sorriso pra sempre em meu olhar. Quero morar nos teus lábios. Quero ainda mais que tu me percebas. Que tu vejas o que não consegue ver. Tira a venda dos teus olhos, estou aqui a te esperar.

sábado, 11 de dezembro de 2010

10 (mil) coisas inúteis que você (não) precisa saber sobre mim

1. Quando eu estou estressada eu respiro que nem grávida tendo contrações pra ver se me acalmo
2. Eu falo certas coisas em inglês tão naturalmente que acho que é em português, tipo ice cream, não me perguntem o porquê
3. Eu tenho uma lista de músicas no windows media player chamada ACALMA, em letras maiúsculas mesmo, para aqueles dias em que eu estou MUITO estressada
4. Eu odeio pessoas que respiram fazendo barulho, se eu gosto de alguém e noto que a pessoa faz isso cai tipo uns 10 pontos no meu conceito
5. Eu odeio pessoas com tiques-nervoso
6. É muito difícil eu conseguir ouvir uma música até o fim
7. É muito mais difícil ainda eu ouvir uma música até o fim em volume alto
8. Não suporto música muito alta
9. Odeio músicas que "gritam"
10. Odeio pessoas que me chamam no msn com os mesmos papos de sempre
11. Para todas as outras coisas além de guris eu odeio quando ficam insistindo depois que eu digo não
12. Há exceção nesse negócio de guris insistindo e muitas. hahaha
13. Sim, eu sou MUITO malvada
14. Às vezes acho que ninguém deveria confiar em mim, nem eu mesma confio em mim
15. Eu não tenho segredos sobre a minha vida que ninguém além de mim e mais duas ou três pessoas saibam
16. Odeio pessoas que se acham engraçadas e não o são (oi eu)
17. Odeio quando me chamam de criança porque eu sei que eu sou
18. Odeio quando dizem que eu não tenho idade pra fazer alguma coisa
19. Adoro quando me contam segredos
20. Gosto de pessoas fúteis. Por no máximo meia hora
21. Odeio quando gritam o meu nome
22. Odeio me sentir desarrumada ou mais arrumada do que o necessário em algum lugar
23. Tenho pavor que me peçam mais de uma vez ou mais de uma coisa ao mesmo tempo
24. Gosto de viver no meu mundo alternativo
25. Sim, eu tenho o meu próprio mundo alternativo
26. Não me importo com o que pensam de mim
27. Eu rio de quem ri de mim
28. Às vezes eu estou tão estressada que começo a rir de mim, das pessoas, da situação
29. Sempre que eu me molho na chuva na rua eu rio pras pessoas na rua
30. Odeio guarda-chuvas
31. Adoro capuzes
32. Gosto de receber elogios mesmo quando to feia e sei disso
33. Gosto de ser sincera
34. Gosto de ser espontânea
35. Gosto quando entendem algo que nem eu consigo explicar
36. Já fiz terapia com uma psicóloga e às vezes acho que deveria voltar a fazer
37. Eu fico menos estressada quando estou apaixonada
38. Eu gosto de escrever (acho que já deu pra perceber)
39. Faço aula de canto
40. Gosto de parecer superior só porque tenho uma auto-estima muito baixa
41. Gosto quando me invejam
42. Não gosto quando pegam no meu pé
43. Sou grossa mesmo
44. Nunca entrei numa briga sem ser com a minha irmã ou de brincadeira
45. Não tenho mais o que fazer do que ficar escrevendo aqui
46. Meu livro preferido é A Menina Que Roubava Livros e relendo ele eu não sei porque ele é tão especial assim
47. Minha filha vai se chamar Liesel nem que eu tenha que fugir do país/dos meus pais/ do pai dela
48. Fico achando defeitos nas outras pessoas pra me sentir melhor
49. Seria uma boa psicóloga se estudasse, me tratasse devidamente e tentasse acima de tudo
50. Às vezes eu rio por trás das pessoas hihihi
51. Eu rio sozinha na rua e não tenho vergonha disso
52. Sou louca sim e daí?
53. Já fiz muita coisa errada na vida e não me arrependo de nada
54. Ela não sabe a filha que tem
55. Acho legal quando as coisas que eu não queria que acontecesse dão errado e não acontecem mesmo
56. Odeio inventar desculpas
57. Prefiro ser sincera e perder a amizade do que mentir e ficar com um meio amigo
58. Sou muito orgulhosa
59. Sou romântica demais
60. Apesar de feminina, menininha, sou muito durona e moleca
61. Acredito em muitas bobagens
62. Sou muito ingênua
63. Não enxergo meus próprios defeitos
64. Magoo frequentemente as pessoas sem perceber
65. Prefiro ser idiota a ser falsa
66. Não gosto de ouvir verdades
67. Prefiro viver no meu mundo cor de rosa da ilusão
68. Gosto de músicas deprimentes
69. Curto estar em depressão
70. Fico alegre por estar triste
71. Gostaria de ir pra Itália algum dia
72. Gostaria de morar em Londres
73. Não me importo em emprestar dinheiro se não estiver precisando
74. Odeio pedir dinheiro emprestado
75. Eu sempre quis ouvir a música Crazy do Aerosmith a todo volume no meu próprio carro correndo numa estrada vazia jogando dinheiro pela janela
76. Eu tentei fazer isso, mas não tenho dinheiro, não suporto música a todo volume e tenho medo de correr muito, fora que estrada vazia onde eu moro é muito raro
77. Eu sempre tento riscar todas as coisas daquelas listas de: o que fazer até os 20 anos ou algo assim
78. Eu sempre burlo testes de personalidade
79. Eu burlei até mesmo o teste vocacional e deu direito, vai saber aisuhasiuhashiu
80. Eu me vestiria de minnie, mas nem gosto dela tanto assim
81. Sempre quis ter um adesivo de penélope charmosa no meu carro, mas não achei como eu queria e coloquei estrelinhas
82. Sempre repito frases de vídeos que eu vejo
83. Sei de cor algumas partes do dvd do Terça Insana
84. Quero ter um new beetle cor de rosa conversível
85. Odeio quando dizem que eu to mentindo e eu não to
86. Odeio quando desconfiam de mim
87. Odeio quando a coisa é fácil demais
88. Odeio quando a coisa é difícil demais
89. Odeio quando correm muito atrás
90. Odeio quando não correm atrás
91. Adoro coincidências
92. No dia que chegar um cara lindo, alto, forte, com olhos verdes, cabelo ou castanho ou loiro, que toque violão, cante afinadamente, tenha um sorriso bonito, me ame, seja carinhoso, romântico, divertido, misterioso, que eu me interesse, seja inteligente, cantando hero do enrique iglesias no meu ouvido eu caso
93. Me batisei, crismei e tudo o mais pra poder me casar na igreja com tudo que tiver direito
94. Sou muito exigente
95. Quero emagrecer, mas não faço questão de me esforçar a tal ponto
96. Gosto muito de vôlei e pebolim
97. Gostaria de ser rica e ter tudo o que quisesse, mas ACHO que estou feliz com o que tenho saiuhasiuha
98. Gostaria de trabalhar em 2011 desde que não me ocupasse todo o tempo disponível e desde que recebesse para isso
99. Meu sorvete preferido é chocomenta, mas eu não dispenso um sundae de caramelo e queria muito achar uma negresco verde pra vender ):
100. Quero cortar meu cabelo bem curtinho

Por enquanto é só, um dia eu continuo... (ou não)... sim o 101 seria: eu gosto de escrever coisas entre parêntesis asuashaisuhasihuas

sábado, 4 de dezembro de 2010

Completude infinita, absurdos cíclicos.


E então é assim que as coisas funcionam... acontece algo e eu tenho que escrever, como um mecanismo incessante, é a única forma de fazer parar esse borbulho intenso de sentimentos que cresce dentro de mim, tendo como objetivo sufocar-me de tal maneira a ponto de desmaiar de dor se não completar o ciclo necessário. Meu estopim acontece junto com algo inusitado, não necessariamente ruim, às vezes algo bom também desencadeia não o processo de borbulhamento, mas o farfalhar de asas de borboleta que moram dentro do meu estômago. Ah! As malditas ou benditas borboletas, ainda não consegui me decidir se gosto ou desgosto delas. De certa forma me fazem falta em certos momentos. Meu ciclo termina junto no momento que as teclas encontram a ponta dos dedos ou que a ponta da caneta encontra o papel. Dói até que o ciclo esteja completo, mas depois disso, o sentimento de dever cumprido e a leveza de alma são completos.

terça-feira, 23 de novembro de 2010


Ok, é oficial: não reajo sob pressão, desabo em poucos segundos, desabo em lágrimas salgadas que escorrem pelo meu rosto deixando rastros de rímel como em um fim de uma festa desastrosa. Lamentável estado deplorável. O que eu simplesmente não entendo é como é que as pessoas podem ser tão mesquinhas, egocêntricas e não pensarem em quanto dói a dor de uma pessoa como eu. O que custa passar cinco minutos a mais com pessoas que você (deveria) ama(r)? O que custa escutar com atenção o que alguém lhe diz? É claro que é mais fácil delegar suas responsabilidades a terceiros quando o seu interesse é o único que te importa, mas pense bem. Pense nos outros. É claro que é mais fácil brigar do que tentar compreender, mas tente. Seu coração se encherá de amor e paz, os gritos não mais existirão, o stress se minimizará e a dor, por fim, passará.
A dor de um, que compreendida diminui até desaparecer. As lágrimas se transformam em sorrisos que aos poucos extinguem o caroço preso na garganta lutando por visibilidade. A raiva vai se transformando em paciência, em ansiedade e, por fim, em luta pela continuidade. Minha realidade não é aquela com que eu sonho, mas posso imaginá-la e transformá-la em palavras para que o MEU caroço se desfaça, não só em gritos, não só em soluços, não só em choros, mas em agressões visíveis. Palavras-socos, palavras-chutes, segure essa voadora aí!

fly little bird, fly to the places that you want to go, fly away until I can't see you, fly away to so far away. I don't want to see you anymore. Goodbye little world.

sábado, 13 de novembro de 2010

Just think about it...


ah a dor. a dor que sinto quando te vejo. a dor ao ver teu olhar de encontro ao meu. a dor ao tentar te decifrar. a dor ao acreditar que pode ser verdade. a dor de te querer e não poder te ter. a dor de ouvir todos falarem e não te ouvir falar. a dor de te ouvir falar em outro alguém. a dor de acreditar que era tudo verdade e acordar pra realidade. a dor de te tocar, mas não poder te ter. a dor de te abraçar, mas não poder te beijar. a dor de te ter ao meu lado e não te ter. a dor de querer te abraçar, beijar, segurar tuas mãos. a dor de esconder tudo isso. a dor de te amar e não ser correspondida. a dor de todos acharem que é brincadeira. a dor de não acreditarem que machuca. a dor dolorida, escondida, mas não, ah não, isso não. a dor não, completamente, não fingida.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

No mundo mágico das lagoas...


Passei pela frente daquela casa, voltaram as borboletas na barriga junto com a notícia que eu recebi, coincidência? Veremos quando você voltar. Passa-se um filme em minha mente de tudo o que passamos juntos. Tudo o que (não) vivemos ainda está guardado no fundo do meu coração, onde guardo, num baú a sete chaves, sua última chance. Dor? A maior da minha vida, mas o amor é maior. Sim, sinto algo por ti que nunca senti igual por ninguém. Talvez muitos dos meus amores sejam paixões passageiras (ou duradouras), mas você continua aqui depois de oito anos a esperar. Guardo comigo suas feições, seu jeito, sua risada, sua timidez. Guardo comigo lembranças de um passado dolorido, mas nostálgico. Gosto de lembrar seu jeito, gosto de lembrar seu sorriso, seus dentes separados, um charme a mais, é claro. Gosto de lembrar suas piadas que podiam não ter graça, mas pra mim todas eram motivo para rir. Você era o motivo do sorriso no meu rosto durante todos aqueles longos cinco anos. Meu motivo para acordar e levantar da cama. Como era bom andar por todas aquelas quadras em silêncio do seu lado, só por estar do seu lado. Como era bom ouvir sua voz conversando com alguém, ouvir sua risada escandalosa que me fazia rir, guardar aquilo pra mim em forma de retribuição por tanto amor que lhe devotava. Ainda guardo as fotos, os recados, os bilhetes e as cartas. Ainda penso que poderia ser coincidência, mas lembro daquela música que dizia "se isso não é amor, o que mais pode ser?", sim, eu aceitaria seu jeito de qualquer maneira, você poderia ser como realmente é comigo, não me importaria nem um pouco. Tenho medo que eu pra você seja apenas mais uma, ou talvez que me esqueças algum dia, o que pode ser que já tenha acontecido, mas fico feliz por saber que um dia você, sinceramente ou não, retribuiu o que sentia (e sinto?). Ok, seu bônus está guardado até o momento que você mereça de verdade, amo você.



Você vai voltar! Yes!

sorria


dor dolorida esconde a
ferida
põe a máscara da alegria e sorri seu sorriso
amarelo
seu melhor sorriso, sua melhor feição.
sinceridade
escondida nas entrelinhas, nem mesmo quem me
conhece
enxerga a dor dolorida completamente
escondida,
ferida,
contundida.





"Smile, though your heart is aching, smile even though it's breaking, when there are clouds in the sky you'll get by..." Charles Chaplin

passos


pensando e caminhando lentamente,
pensamentos pesados,
leves passos.
Lembrei de ti.
volta a ser o que era pra eu ficar feliz?

acho que ainda te amo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nascimento


Letras formando palavras, formando frases confusas, mas decididas, batem na cabeça querendo sair como mãos que batem a porta querendo entrar. Sentido inexistente, mas se houvesse um seria esclarecedor, iluminaria mesmo o poço mais fundo pelo menos por alguns segundos. Mesmo indecifrável, libertador. Dói no processo de formação, um parto de textos, um parto de sentindo incoerente. Um parto de desabafos. Amém dorzinha, adeus, volte nunca mais, obrigada.





A dor da perda me acompanha ainda, mas gosto do sentimento de voltar a escrever. Não quero falar mais sobre isso. Vá com Deus e siga o caminho das flores amarelas. Amo você.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Cadê meu ar?


Estou sozinha nesse mundo de inocentes maldades, de displicência, de inconveniência. Estou presa dentro da minha própria bolha de ar e mesmo dentro dela sinto dificuldade de respirar. Prendo dentro de mim tudo que eu deveria deixar sair, engulo tudo a seco. Nem em lágrimas mais consigo explodir, elas saem uma por uma em fila para mostrar que cada uma representa uma dor escondida. Cada mágoa que guardo no meu coração tenta explodir para fora dele a cada pôr-de-sol, a cada nascimento de uma nova noite, uma nova noite de solidão, de dor, de lágrimas escondidas por trás de um sorriso amarelo. Ouço novamente aquela maldita frase dizendo que pareço tão bem que não transpareço minhas dores. Há quem veja por trás das máscaras, há quem enxergue tudo nitidamente, mas normalmente prefere se omitir. Não há uma maneira possível de arrancá-las. Talvez seja uma alternativa encontrada para enganar-me reflexivamente de que tudo está bem, de que tudo ficará bem. Tenho coragem de viver nesse mundo ainda? Enquanto não encontro uma resposta plausível essa dor de garganta de palavras escondidas domina meu ser.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Fluxo de consciência II


Ok, isso pode soar triste, depressivo e o caralho a 4, mas eu não to mais aguentando guardar isso pra mim, tá foda, foda mesmo. É horrível esconder isso tudo por trás de sorrisos e gracinhas e aposto que se eu não falasse nem mesmo quem me conhece bem saberia o que eu to sentindo, porque apesar de tudo eu sei esconder bem quando eu quero. Bom, o negócio é o seguinte, digam o que quiserem e eu não mudarei minha opinião: minha vida está uma merda. Faz mais de um mês que tudo dá errado e a cada dia piora mais. Não estou nem aí pro que possam pensar porque sempre fui assim, mas eu penso às vezes em como seria melhor não viver. É, eu penso na morte, e daí? Há dois anos atrás já tentei me matar e pouca gente sabe(ia) disso, sinceramente dizem que é covarde quem se suicida porque não tem coragem de viver nesse mundo, mas PUTA QUE PARIU, vai se fuder, com a vida que eu to tendo nem se eu tivesse toda coragem no mundo deixaria de me abalar. E não adianta dizer: a vida é bela, olha o lado bom e porra qualquer dessas, vai se fuder, tu não tá passando o que eu to passando e não sabe na pele como é. Eu sei que poderia ser bem pior, mas acho que se fosse pior eu me sentiria melhor, é sério. Eu sinto as coisas mais pelos outros do que por mim e isso me afeta demais. Sei lá, eu sou assim e não sei explicar direito isso. E não tem quem possa me ajudar. Ultimamente ando perdida, presa no meu mundo de Alice e afasto quem quiser chegar perto. Meu mundo é só meu e não gosto de dividi-lo com ninguém, porque na verdade ninguém me entende e ninguém me entenderia se eu tentasse explicar. Não que eu não tenha tentado, tentei, mas as pessoas mais se assustam do que se sensibilizam e isso tanto dói quanto, talvez no meu mundo imaginário, é um orgulho. Tenho meu próprio mundo e agora, o que faço com isso? Talvez os habitantes dele sejam minhas várias personalidades, meus vários jeitos de ser, cada momento de uma forma. E as alegrias desse mundo, as diversões dessas pessoas são as pequenas depressões que as músicas, os poemas, os textos, as melancolias, as artes trazem. Talvez possa ser doentio ser “feliz” com depressões, mas esse é meu jeito e não há como mudar. Gosto do meu mundo clichê, blasé, alternativo, individualista e gosto de me ter só pra mim, desculpa. Gosto de me fechar no meu mundo e ser só minha e das artes. Gosto de morrer a cada minuto de vida, cada segundo de vida que dedico às minhas pequenas mortes. E é daí que tiro a maldita força pra continuar levantando da cama todo dia de manhã, ou de tarde quem sabe… quem sabe um dia eu desligo a música e viro covarde o suficiente pra me desligar do meu mundo? Quem sabe um dia acordo do meu sonho e tiro o pó do livro no meu colo e volto a lê-lo como se nada tivesse acontecido? É preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer… é preciso saber viver.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A + A = ♥


Ele mexe comigo, mesmo eu não querendo que isso aconteça, mesmo eu sabendo que não é recíproco o suficiente, mesmo eu sabendo que nunca vai dar certo. Eu sinto as borboletas no estômago quando "escuto" as três palavrinhas vindas dele, quando ele diz algumas frases mágicas, quando vejo seu sorriso mais sincero, quando vejo sua despreocupação com o cabelo desarrumado, sua cara de sono com os olhos que já eram pequenos quase fechados. Ah, como é bom te ver, como é bom saber que você existe, como é bom ouvir o seu boa noite. Sei lá, eu só posso dizer que te amo e não tem como negar isso, mesmo querendo, haha. Mas o pior de tudo é que a vida é injusta e afasta as pessoas e a distância acaba com tudo. Fazer o quê? Lembro de ti nos momentos mais inesperados do dia, lendo algo, andando na rua, ouvindo uma música, qualquer coisa. Tu me faz bem mesmo não sabendo, mesmo não sendo intencional. Até mesmo te ajudar me faz feliz. Até mesmo o teu oi faz o dia ficar melhor. E mesmo eu ficando decepcionada contigo por vários motivos às vezes, isso não dura muito, não consigo brigar contigo, não consigo ficar brava contigo, não vivo mais sem ti, isso é fato. Mesmo sentindo uma pontada de ciúmes no peito cada vez que leio algo verdadeiro que não é pra mim e talvez muito mais merecido, mesmo sofrendo por pouco (ou muito?), mesmo sendo de brincadeira e ao mesmo tempo tão real, mesmo assim te amo de verdade e não sei mais o que dizer, a real é essa, conviva com isso agora haha :*


"Adoro essa sua cara de sono e o timbre da sua voz"
(Pitty)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A vida passa assim como o curso do rio...


Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas (enlacemos as mãos)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses
Desenlacemos as mãos,
porque não vale a pena cansarmo-nos
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o
Colhamos flores, pega tu nelas e deixá-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento
Este momento em que sossegadamente
não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças
E se antes do que eu levares o bolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te
assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.
(Lídia - Ricardo Reis)

E eu estava só


Tempo vai, tempo vem, coisas mudam e eu estou aqui no dilema de sempre, o ciclo infinito, a história sim se repete e isso eu confirmo com a minha vida. Talvez com outro contexto, com outros personagens, mas eu continuo a mesma. Volta o sentimento de que não há nada no mundo que possa me fazer feliz, aquele desânimo, aquela falta de vontade. Aquela falta de vontade de viver. Aquele acordar só por sobreviver, a falta de vontade de parecer melhor, aquela falta de vontade até de se olhar no espelho. AQUELA depressão. Outra vez me vejo lendo histórias com milhares de clichês para ver se aquela sensação que eu sinto no meu coração possa me alegrar pelo menos por um pouco de tempo. Outra vez me vejo querendo chorar sem que as lágrimas toquem meus olhos, sem que haja um motivo aparente para isso. De novo me deparo comigo escutando aquelas músicas que talvez nunca fosse ouvir a não ser nessas situações. Outra vez me imagino tendo um final feliz ou apenas um final? Queria pelo menos um meio... De novo enxergo as minhas ilusões de perto e me culpo por elas, talvez se eu fosse diferente... mas aí não estaria sendo eu mesma. Canso de ouvir falar sobre "aquele" que me merece, que está por aparecer, por quem eu devo esperar pacientemente. Mas, como eu disse, eu canso. Sinceramente não sou qualquer uma, posso dizer isso porque me conheço, mas acabo agindo por meios que fazem com que talvez eu não pareça ser tudo o que sou. Talvez o campo de proteção que fica a minha volta desde que meu sapatinho de cristal se perdeu afaste todos aqueles que não tem força o suficiente para quebrá-lo. Mas quer saber? Isso machuca. Isso faz com que demore ainda mais, isso faz com que eu me sinta mais mal ainda se é que isso é possível. Só sei que dói. Dói a cada cena de amor: a cada beijo, a cada entrelaço de mão, a cada olhar apaixonado. E o mais estranho de tudo: não há um motivo personificado dessa vez, há apenas a falta dele. E que falta.




"E veio a noite, namorados se beijando e eu estava só..."

sábado, 25 de setembro de 2010

Mesmo que mude - Bidê ou Balde


E então... passaram-se dois anos e o que aconteceu? Realmente ela mudou, gosta de coisas que ele nunca imaginou, ficaria feliz em saber que ele mudou, mas pra melhor, não descarta uma nova paixão e, no fundo, espera que ele lembre da data e fale com ela. Que lembre dos velhos tempos, dizer que pensa nela e que tem saudades. Será que é sempre amor mesmo que acabe? Será que é sempre amor mesmo que mude? Será que é sempre amor mesmo que ele esqueça o que passou? Será que ele vai mudar? Será que tem outro jeito de dizer alô? Será que tem medo que ela mude, que esqueça o que aconteceu? Será que tem medo de conversar com ela? Será que tem pensado nela? Será que está com saudades? Será que sabe que ela sabe que é sempre amor mesmo que mude, que acabe, que esqueça o que passou?

sábado, 18 de setembro de 2010

Fluxo de consciência


Um dia me perguntaram se eu gostaria de viver cinquenta anos sem amor ou viver um minuto com a pessoa que eu amo. Minha resposta? Na época foi viver cinquenta anos sem amor, pois pensei que talvez 'pequenos amores' poderiam acontecer, mas agora penso melhor e vejo que talvez seja melhor viver pouco com a pessoa que eu realmente amo porque viveria uma vida mais feliz lembrando dos momentos que tive com a pessoa. Tenho 19 anos e temo ainda não ter vivido um amor de verdade, que tenha durado muito, que tenha sido um amor lindo ou com uma prova de amor no fim, com certeza vários dos meus pequenos amores são e serão inesquecíveis, mas não são algo que eu possa dizer que estou feliz por ter tido um momento com eles na vida e que acabaram por um motivo muito importante, tal como a morte. Dois filmes, tristes, mas que com certeza constam no meu ranking de filmes preferidos me trazem essa mensagem. Um dia Rose voltou para os braços de Jack e um dia Kate voltou para os braços de Taylor. Mas quando será minha vez de viver um amor de verdade? Temo morrer sem essa felicidade. Sei exatamente por leituras e por uma aula de filosofia que tive que a felicidade eterna em si não existe, nossas felicidades são passageiras, mas com certeza algumas marcam mais do que outras e eu queria ter uma em especial marcando minha história, meu coração, meus pensamentos. Temo olhar pra trás e não poder sentir saudades de alguém, temo ver que poderia ter sido um pouco mais feliz por algum tempo e não ter tido vontade, oportunidade ou tempo. Temo não aproveitar a minha vida de verdade, temo estar exatamente fazendo isso agora, deixando de encontrar o amor da minha vida por estar aqui, depressiva, em casa, escrevendo sobre isso e ouvindo músicas que me impedem de seguir adiante. Temo, por ser muito politicamente correta, não aproveitar minha vida como poderia. Tenho medo de morrer antes de ser "feliz" ao menos uma vez na vida. Temo querer voltar atrás e fazer algo diferente, temo todos os arrependimentos que possam acontecer no decorrer da minha vida. Arrependimentos não deveriam existir, são coisas que acontecem, se não acontecessem talvez nunca aprenderíamos algo. E é isso, a vida continua e a minha eterna busca pela inexistente felicidade eterna continua. Será que por acaso alguém pode me auxiliar nessa busca? Será que em algum lugar, lendo isso sem se apresentar há alguém esperando ansiosamente o momento em que iremos nos conhecer? Lamento profundamente que as coisas não aconteçam quando eu quero e principalmente quando (julgo eu) preciso mais. La solitudine.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Alice no país dos vestidos floridos


Há muito tempo me imagino em um vestido florido, não sei exatamente porquê, talvez porque me remeta à leveza, liberdade, paz. Hoje meu sonho virou realidade e eu não queria mais tirar o meu vestido florido. Fecho os olhos e consigo me imaginar dentro dele correndo em um gramado descampado com flores que se confundem com as do vestido, cabelos ao vento e então eu chego até uma árvore, sento à sua sombra, retiro um livro de baixo do braço e adormeço sentindo a grama embaixo de mim e o livro sob meu colo. Sonho com contos de fadas, príncipes encantados, castelos de princesas e um amor verdadeiro e sou acordada por alguém digno de uma princesa com um beijo nos lábios. Meu sonho virou realidade? Em sonho. Enquanto o tempo passa algumas coisas conquistamos, outras virão com o tempo. Hoje conquistei o vestido, o príncipe fica para depois.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Nervosismo


Hoje fui fazer a prova prática do DETRAN. Não estava muito nervosa, mas quando chamaram meu nome meu coração começou a acelerar e minhas mãos começaram a tremer. A primeira parte era a baliza, como já fazia muito tempo que eu tinha terminado as aulas práticas eu fiquei com medo de ter esquecido algo, mas, apesar do nervosismo e de ter apagado o carro não fui eliminada, fiz tudo certinho. O examinador entrou no carro e começamos a dar uma volta com o carro, ele sempre muito querido tentando me acalmar, mas eu não funciono desse jeito, quanto mais me dizem pra ficar calma, mais nervosa eu fico. Acabei não fazendo uma curva à esquerda quando o examinador pediu e apaguei o carro. Fiquei com 5 pontos negativos e, apesar de ficar sabendo pela minha amiga que o máximo de pontos era 4, procurei e parece que são 3. Mesmo assim, por pouco e só por nervosismo acabei não passando. Agora é esperar 15 dias e pagar de novo pra fazer outra prova. Pelo menos da próxima vez saberei o que vai acontecer. O segredo é tomar um suquinho de maracujá antes da prova e comer um doce um tempo antes, agora eu sei!
E que venha a segunda tentativa!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

It's a Heartache

Por que dizer adeus?

Todos tem seus dias ruins, até mesmo aqueles que estão aprendendo a conviver com a vida, aprendendo a viver, porque viver não é só ser feliz o tempo inteiro, é também saber ser triste e tirar proveito disso para que quando esteja feliz, esteja ainda mais feliz pois sabe como é quando se está triste. Ficou um pouco confuso, mas espero que eu tenha me feito entender. A tristeza, não gosto de chamar o meu momento atual assim, talvez um tédio espiritual, isso. O meu tédio espiritual me traz momentos de reflexão. Reflexão sobre a vida inteira, até mesmo sobre uma pequena formiga que esteja passeando pelo armário enquanto esvazio a jarra de suco no meu copo preferido, mas o que mais faço é pensar como teria sido, se... lembro de uma grande amiga enquanto escrevo isso, dela e seu grande "what if" que aliás se encontra online no msn agora, há algum tempo atrás eu correria pro telefone e avisaria a ela, mas as coisas mudaram. É estranho pensar que todos nós temos nossos grandes: E SE? E se ele tivesse ligado naquela tarde vazia e tivesse valido o dia? E se ele tivesse dito que me amava e não adeus como (não) disse? E se ele tivesse dito que estava com outra mais gostosa que eu? E se, sei lá, ele voltasse agora com a resposta pras minhas dúvidas e a solução pros meus problemas? Pois é, mas não ligou, não disse e não voltou. É bom sonhar um pouco, faz bem pro ego, pra alma, talvez pra auto estima, mas não pra sempre e nem muito. Sonhar é suficiente até o ponto em que a gente começa a sofrer porque as coisas não aconteceram do jeito que a gente queria que tivessem acontecido. Foi ruim, ok, poderia ter sido melhor, ok, mas já passou, já faz tempo, está no passado, pra quê lembrar? Me faço essa pergunta toda vez que o maldito anjo vem povoar meus pensamentos (é, ele ainda vem) e até agora não consegui responder. Espero que um dia consiga saber o porquê de tudo pra poder parar de me perguntar e para não ter mais o que responder. Adeus?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Ser Feliz


Ultimamente eu ando rindo de tudo até, e principalmente, da minha própria desgraça. Acho que finalmente aprendi a dar valor à vida. Hoje tomei um banho de chuva involuntariamente, estava chateada com a situação, mas de repente percebi: que bom que está chovendo, pelo menos não está seco, tem lugares que precisam de chuva e não chove. Fiquei rindo sozinha da minha não-desgraça na rua. O que é pegar uma chuva por uns 10 minutinhos e depois quando chegar em casa tomar um banho quentinho, vestir uma roupa quentinha, tomar um chá quente e ficar me aquecendo em frente a lareira enquanto pessoas vivem pegando chuva porque não têm onde morar, também não têm muito o que vestir, nem como se aquecer? Isso é que é ser feliz, é aproveitar até mesmo os momentos de infelicidade para agradecer o que temos, o que somos mesmo quando as coisas não estão exatamente como nós queremos. Eu penso nessas pessoas que morreram nesses últimos dias por causa do frio que anda fazendo, eu sou feliz por não passar por isso. Que Deus ajude à todos os que não têm a mesma oportunidade e também que ajude àqueles que têm e não percebem tamanha importância. Obrigada, Senhor, por tudo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

...até quando durar.


Será que tu lembra de tudo que aconteceu entre a gente? Será que tu ainda pensa em mim? Será que tu sente falta daquele tempo? Será que tu também te arrepende de certas coisas? Será que tu pensa em voltar a ser o que era? Será que tu pensa que o que tu tá fazendo é errado? Será que tu sabe que tua vida nunca mais será a mesma? Será que tu pensa que seria melhor se não tivesse começado com isso? Será que tu lembra dos nossos beijos? Será que tu lembra daqueles momentos em que ficávamos em silêncio e tu me fazia rir apenas piscando os olhos? Será que tu lembra o quanto era forte o que a gente sentia um pelo outro? Será que tu lembra de todos os planos que fizemos e que ficaram esquecidos? Será que tu lembra daquela nossa música? Será que tu lembra daquele nosso último beijo, daquela nossa última grande conversa? Será que tu lembra de quando tu segurava na minha mão e pra mim tudo parecia resolvido? Será que tu sabe que quando tu me abraçava meus problemas acabavam enquanto eu sentia o teu perfume? Será que tu sabe que quando eu sentia teu cheiro na minha roupa um sorriso inevitável tomava conta do meu rosto? Será que tu sabe que as borboletas no meu estômago enlouqueciam quando eu te via? Será que tu sabe que eu amava quando tu largava tudo que estava fazendo só pra me ver nem que fosse por 5 minutos? Será que tu sabe o quanto eu sofri quando deixei de te amar? Será que tu sabe o quanto eu ainda sofro quando te vejo assim? Será que vai continuar sendo assim pra sempre?

Carpe Diem


Outro dia li sobre a felicidade, lembrei imediatamente do meu último post. O texto falava coisas que me fizeram ainda mais feliz. Concordava com minhas ideias. Lembro de uma parte que me chamou a atenção que dizia que nós só sabemos o que é a felicidade porque já passamos por momentos tristes e o que seria do amarelo se não fosse o azul? E é realmente isso. Outra coisa que dizia, que é o que me descreve no momento, é que a felicidade pode ser um sentimento interno. Por fora pode não estar dando tudo certo, mas por dentro a felicidade me consome. Eu existo, estou vivendo, estou fazendo o que eu gosto, tenho o que eu quero (claro que não tudo porque não é sempre tudo como a gente quer, mas...), cara, não tem porque sofrer se se pode ser feliz só pensando em coisas felizes. Gosto de pensar em Carpe Diem. Aproveite o dia. Aproveite ao máximo para que quando você deite a cabeça no travesseiro possa dormir tranquilo, sem pensar que poderia ter feito mais pela vida. Pense em si mesmo e não ligue pra que os outros pensam de você. Seja você mesmo, seja feliz! Hoje choveu. O dia inteiro, mas posso dormir tranquila, fiz tudo o que tive vontade e sem culpa.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Adeus, anjo.


Hoje sou observadora, andei observando coisas, ouvindo coisas, lendo coisas, sem olhos críticos, apenas aproveitando o saber, a beleza que existe em cada palavra escrita, em cada letra cantada, em cada sorriso despercebido, em cada pequeno detalhe que passa sem que possamos ver quando passamos apressados por eles. Parei para observar, para aproveitar o momento feliz que as músicas, os textos, as fotos me trazem. Ouvir a melodia suave daquela música que tanto gosto, ler as palavras escritas por outra pessoa que me descreve sem nem ao menos eu ter que abrir a boca, ver a felicidade estampada na face de pessoas desconhecidas. Me perguntar por que a felicidade assim também não me atinge não tem preço. Perceber que a vida está aí e que ela passa muito rápido também não tem preço. Seja feliz como VOCÊ quer, não como OS OUTROS querem. Seja feliz fazendo o que você gosta. Um dia me disseram que ninguém é 100% feliz porque nossas felicidades são passageiras, nada que é bom dura pra sempre, mas podemos aproveitar ao máximo todas essas pequenas felicidades, tirar tudo o que há de bom nelas. Tudo que há de bom nas pequenas coisas do dia-a-dia. Tentarei ver o lado positivo das coisas daqui pra frente, não quero mais parecer digna de pena, não quero mais parecer ingrata. Quero ser adorada, quero ser amada por simplesmente ser eu. Não quero ser mais ninguém do que eu mesma. Quero transparecer o que eu realmente sinto, não o que o mundo me pede pra mostrar. Quero ser feliz, quero aprender a conviver com a felicidade. Quero ser livre de você.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

"Here comes the sun...


...and I say it's all right." Beatles me acalma, sério. Tenho uma lista de músicas no meu windows media player com o título: ACALMA porque é a real, o que elas fazem é me acalmar. Quando eu estou realmente nervosa, com raiva ou qualquer coisa assim eu coloco pra tocar e isso me faz bem. Na lista consta, além de Here Comes The Sun, Crazy do Aerosmith, Hero do Enrique Iglesias, Wish You Were Here do Pink Floyd, Stairway to Heaven do Led Zeppelin e Last Kiss do Pearl Jam. Ultimamente eu tenho ouvido muito essa lista, os dias parecem cada vez mais difíceis, cada vez mais coisas pra resolver, chega a doer, de verdade. Muitas vezes as pessoas me dizem que eu transformo os problemas em grandes, mas elas não entendem que de pouco em pouco as coisas começam a sufocar. E a mim, pelo menos, sufocam tanto a ponto de eu ter que colocá-las pra fora, seja através de lágrimas, de gritos, sei lá. Eu só tenho que por pra fora. Eles continuam a dizer que eu sou depressiva, que eu tenho que ser mais feliz, ok, quero ver quem seria feliz no meu lugar, quero mesmo. Queria que cada um que dissesse essas coisas se colocasse no meu lugar e sentisse o que eu sinto, porque não adianta apenas se colocar no lugar e fingir que sabe porque não se sabe enquanto não se SENTE de verdade. Às vezes eu também penso que poderia ser pior, eu poderia ser que nem as criancinhas da África, desnutridas e bla bla bla, mas eu não sei como elas se sentem, eu nunca passei por isso, não sei na pele se é pior ou não. Talvez elas sejam mais felizes do que eu, porque sabem lidar com aquilo, sei lá. Eu não sei lidar com os meus sentimentos e acho que nunca vou aprender. Um beijo pra quem sabe, fica com Deus.


quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um Sopro De Vida


"O tempo passa depressa demais e a vida é tão curta. Então — para que eu não seja engolido pela voracidade das horas e pelas novidades que fazem o tempo passar depressa — eu cultivo um certo tédio. Degusto assim cada detestável minuto. E cultivo tam­bém o vazio silêncio da eternidade da espécie. Quero viver muitos minutos num só minuto. Quero me mul­tiplicar para poder abranger até áreas desérticas que dão a idéia de imobilidade eterna. Na eternidade não existe o tempo. Noite e dia são contrários porque são o tempo e o tempo não se divide. De agora em dian­te o tempo vai ser sempre atual. Hoje é hoje. Espan­to-me ao mesmo tempo desconfiado por tanto me ser dado. E amanhã eu vou ter de novo um hoje. Há algo de dor e pungência em viver o hoje. O paroxismo da mais fina e extrema nota de violino insistente. Mas há o hábito e o hábito anestesia. O aguilhão de abelha do dia florescente de hoje. Graças a Deus, tenho o que comer. O pão nosso de cada dia."

Clarice Lispector.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Os Desastres De Sofia


"A verdade é que não me sobrava tempo para estudar. As alegrias me ocupavam, ficar atenta me tomava dias e dias; havia os livros de história que eu lia roendo de paixão as unhas até o sabugo, nos meus primeiros êxtases de tristeza, refinamento que eu já descobrira; havia meninos que eu escolhera e que não me haviam escolhido, eu perdia horas de sofrimento porque eles eram inatingíveis, e mais outras horas de sofrimento aceitando-os com ternura, pois o homem era o meu rei da Criação; havia a esperançosa ameaça do pecado, eu me ocupava com medo em esperar; sem falar que estava permanentemente ocupada em querer e não querer ser o que eu era, não me decidia por qual de mim, toda eu é que não podia; ter nascido era cheio de erros a corrigir. Não, não era para irritar o professor que eu não estudava; só tinha tempo de crescer."
Clarice Lispector.

domingo, 20 de junho de 2010

55 Perguntas Aleatórias (:

1. Primeira coisa que você lava no chuveiro?
cabelo
2. Qual é o seu hobbie favorito?
ouvir música
3. Como você está se sentindo agora?
feliz :D
4. Qual é a coisa mais próxima de você que é vermelha?
um porta trecos :P
5. Como foi seu último sonho?
não lembro D:
6. O que você quer agora?
dormir
7. Você é emotivo?
all the time
8. Já contou até 1000?
acho que não O.o
9. Você morde ou lambe o sorvete?
lambo hm
10. Você gosta do seu cabelo?
sim
11. Você gosta de si mesmo?
até gosto :}
12. O que você está ouvindo agora?
Edu Ribeiro u.u'
13. Queria poder mergulhar no céu?
hm?
14. Você já conheceu uma celebridade?
yes!
15. Existe alguma coisa brilhante onde você está?
minhas unhas *---*
16. Qual seu lugar preferido da casa?
meu quarto
17. Você já passou trote?
sim
18. Já esteve em um trem?
acho que não O.o
19. Você tem celular?
sim
20. Qual o sabor do gloss/batom que você usa?
comprei um ontem de cereja, mas o que eu mais uso tem sabor de morango :}
21. Você tem alguma arma?
física não O.o
22. Se você fosse mulher, como gostaria que fosse seu cabelo?
eu sou mulher e gosto do meu cabelo comprido com ondas :}
23. Com quem você vai estar hoje a noite?
com a minha cama. :}
24. Você é alto(a)?
não, 1,65m
25. Já esteve apaixonado(a)?
sim, always
26. O que vai fazer amanhã?
prova e fichamentos, interessante né?
27. Está apaixonado(a)?
maybe
28. A última vez que você chorou?
hoje de rir
Qual foi a última pergunta que você fez?
quem???
30. Estação favorita?
nem sei mais, talvez primavera (?)
31. Você tem alguma tatuagem?
não
32. Você é sarcástico?
Às vezes
33. Já pulou um muro?
sim
34. Cor favorita?
rosa
35. Alguma vez você já bateu alguém?
zim
36. O seu cabelo é crespo?
nao
37. Qual foi o último CD que você comprou?
algum do mcfly
38. Aparência importa?
não vou mentir, importa sim
39. Você poderia perdoar uma traição?
depende
40. Você gosta de sua vida agora?
não muito
41. Você consegue ficar sem mentir?
nããão
42. Você odeia, ou não gosta muita gente?
sim, quando não bate o santo não adianta :}
43. Quantas vezes você fala ao telefone?
quando me ligam quem sabe?
44. O que você está vestindo?
pijama
45. Qual é seu animal favorito?
cachorro :}
46. Onde você tirou sua foto do perfil?
em casa
47. Você é estudioso(a)?
nem
48. Você tem um emprego?
não
49. Alguma vez você já pensou em se matar?
yes
50. Acha terrível pessoas…?
idiotas e retardadas
51. Você acha que o sexo oposto te acha atraente?
vou saber?
52. Uma pessoa para te conquistar precisa?
me divertir, ter uma aparência razoável pelo menos e não ser burro saiuhashua
53. ..E jamais deve..?
ser chata e tirar com a minha cara
54. Você acha que deve ter amor para ter sexo?
sim
55. Como gostaria de morrer?
dormindo

sexta-feira, 4 de junho de 2010

...butterfly, fly away...


Eu estava acostumada a estar apaixonada e de repente tudo se acaba como num passe de mágica. Meu mundo não é mais tão colorido, meus dias não tem mais graça, minha vida não tem mais sentido. A paixão me traz uma força a mais pra viver, um incentivo bem grande e quando eu perco isso meu mundo desaba. Gosto de conviver com as eternas borboletas no estômago, gosto de ter alguém por quem meu coração bata mais forte só de ver, gosto de mesmo não sendo correspondida, "gostar" de alguém. Meu mundo, antes rosa, agora é preto, marrom, cinza. Cadê a taquicardia? A falta de ar? A felicidade sem motivo? Sumiu. Acabou. Tenho que aprender a conviver com isso, ou melhor, sem isso. Tenho que aprender a ser feliz sozinha. Como uma vez escreveu Mário Quintana: "O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até você." Frequentemente essa frase se funde entre meus pensamentos, mas nunca consigo colocá-la em prática. Talvez seja hora de começar a tentar. Talvez seja a hora de deixar de ser a borboleta pequenina e feiticeira.

"Eu sou uma borboleta pequenina e feiticeira, ando no meio das flores procurando quem me queira." Marisa Monte.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Por quê?


Às vezes fico me perguntando o porquê de muitas coisas na minha vida. O porquê de eu ser tão certinha, de acreditar em tantas banalidades, de ser tão conservadora. Depois acabo fazendo coisas que iriam contra meus princípios anteriores e me pergunto o porquê. Não sei. É algo que não consigo explicar. Tanto não querer fazer quanto ao mesmo tempo fazer. Eu olhava para as outras pessoas e as via como se fossem uma lição aprendida. Um mal exemplo. Eu queria ser uma santa. Ou quase isso. Mas um dia a casa cai e eu estou na mesma situação daquelas pessoas. E agora? Me arrepender? Talvez no primeiro momento, mas depois eu penso que se eu não consegui aprender a lição observando os outros eu deveria aprendê-la sentindo na pele. Talvez tenha funcionado. Ou talvez não, talvez meus medos, minhas incertezas, meus conceitos fossem apenas vontades reprimidas. Ou talvez não, talvez eu precisasse sentir na pele para reprimir o que eu sinto. É estranho pensar em tudo isso, é estranho pensar em tudo que eu fiz e no fundo me arrepender, mas ao mesmo tempo pensar que apesar de tudo provavelmente eu faria novamente. Por quê? Meus medos não foram curados? Minhas lições não foram aprendidas? Quantas vezes mais terei que "errar" para aprender? Dá medo pensar nisso, mas não consigo que saia da minha cabeça. É uma mágoa que tenho guardado há um tempinho e há uma semana aumentou um pouco. Por que mudar assim repentinamente? E por que mudar para pior? Sinto falta do que eu era antes, mas não consigo voltar a ser o que era, eu simplesmente mudei. Sinto muito, mas mudei e não posso voltar atrás e desfazer isso tudo. Talvez esteja vendo o mundo com outros olhos, recém notando que deixei de ser criança, tardiamente, mas notando. Meu medo é não saber lidar com tudo isso. Mas o que se há de fazer?

domingo, 30 de maio de 2010

Vestibular


E é nessa hora que vejo o quão dependente eu sou. Aqui, sozinha no 'espaço cultural e de leitura' sentada em uma mesa grande e redonda vendo pessoas indo e outras voltando. Uma hora ainda me resta nesse inferno. Há um homem cercado de papéis na mesa ao lado da minha e mais ao longe, perto da porta dois homens estudam em voz alta. Outro chega falando igualmente alto conversando sobre futebol. O homem ao meu lado se levanta e vai embora e algo suspeito acontece. Um casal sai de dentro de uma salinha a minha frente entitulada 'sala de estudos'. Sei bem. Se não houvesse uma janela seria mais suspeito ainda. O homem que havia chegado se senta à mesa com os outros dois e pelo que me parece discutem alguma matéria de direito. O livro que eu já li e estudei está aberto a minha frente, mas só o que me resta é escrever. Os três se retiram, vão para a biblioteca e me deixam sozinha com o barulho do ventilador. Um cara com a camiseta do direito se senta na mesma mesa aonde o outro estava sentado antes. Os três voltam, mas vão embora em seguida deixando uma pergunta no ar: O que é o princípio da congruência? Minutos se passam e um homem ao celular entra, faz uma pergunta para a voz invisível do ser que com ele conversava. Onde vocês estão? E sai. Outro chega, me olha e sai. Será que eu dou medo? Olho para o cara da camiseta do direito e percebo que ele não está na mesa ao meu lado e sim ao lado dessa. Percebo que esse lugar é muito macabro e tenho medo de ver fantasmas. Eu não quero estudar aqui. Há alguma forma de boicotar a prova? São 7 horas. Meia hora ainda me resta. Escrever me distrai. Me sinto no hospício, como se eu já tivesse ido lá alguma vez. Afe. Barulhos de vozes entram pela minha cabeça e faz com que ela comece a latejar de dor. Quero fugir. Como diferenciar um professor de um aluno? Quem deveria aplicar a minha prova? Outras pessoas chegam para o vestibular e parecem se sentir deslocada como eu. Quanta desorganização! Céus! Uma mulher acende as luzes. Tudo parece menos amedrontador, mas mesmo assim ainda tenho medo. 15 minutos e mais uma pessoa chega. Mais três. 3 minutos. E um cachorro circula livremente pelo prédio.

Vamos Fugir?

"Vamos fugir, deste lugar, baby?"












Quero minha válvula de escape.
Quero você comigo.
Quero você pertinho.
Quero você sem demora.
Quero você de manhã.
Quero você de tarde.
Quero você de noite.

Quero minha alegria.
Quero você sorrindo.
Quero você triste.
Quero você divertido.
Quero você tímido.
Quero você quietinho.
Quero você falante.

Quero fugir.
Quero você corajoso.
Quero você medroso.
Quero você misterioso.
Quero você observador.
Quero você conselheiro.
Quero você o tempo inteiro.

Quero que você saiba que eu quero fugir com você.

Improviso


Às vezes dói saber que embora o tempo tenha passado eu continuo inocente. Acreditar facilmente no que me dizem sempre foi um defeito meu e, apesar de parecer que eu tenha conseguido superar, algo sempre me surpreende. Outra coisa que tenho notado é que talvez eu tenha herdado um pouco do jeito da minha mãe, um pouco fria, mas apenas em certos momentos. Tenho tentado ser cautelosa, tenho tentado não me expor, mas pode isso ser possível? Tenho tentado mudar, mas mudar como e para quê? PARA QUÊ? Essa pergunta ronda meus dias ultimamente. Talvez nada tenha sentido, nós que o convencionamos. O mundo é todo convencionado, como dizem meus textos da faculdade, a verdade é móvel. Ninguém por mais inteligente que seja conseguirá provar que tudo o que sabemos é verdade. Bauman diz que vivemos em uma modernidade líquida. Mas por que só agora uma modernidade líquida? Todo o tempo se viveu em um mundo de incertezas, de abismos, descrenças, só não se havia percebido antes. Os sentidos vão se encaixando e desencaixando com tanta rapidez que minha mente não consegue acompanhar. Gosto de fazer uso do fluxo de consciência. Isso faz sentido pra você?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dias melhores virão


“...eu sei que o amor é uma coisa boa, mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa...”

Escuto a voz grave e suave de Elis Regina saindo pelos fones, a todo volume possível enquanto me apóio no meu travesseiro fofo e me cubro com o meu cobertor preferido. Mais uma decepção, mais lágrimas correndo pelo meu rosto. Mais uma decepção acima de tudo comigo mesma por não ter aprendido. Quando eu vou aprender? O aperto no meu coração e na minha garganta são maiores do que qualquer coisa. A esperança pode ser a última que morre, mas talvez um dia realmente ela morra quando o espelho da realidade é colocado na nossa frente, obrigando-nos a enxergar as coisas como elas são e não idealizadas como minha mente me forçava a acreditar.
É interessante ver como as coisas são sempre iguais na minha vida. Me parece um ciclo, só muda o início, na maioria das vezes, o resto transcorre de acordo com a tendência. Mas são coisas da vida, tenho que me conformar com o que ela apronta comigo e aprender a agir diante tais empecilhos. Um dia eu consigo. Dias melhores pra sempre! :)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Olá estranho!


Olá estranho que tanto me conhece. Olá amor que não sei de onde vem e nem pra onde vai. Olá sentimento que invade meu peito sem eu poder dizer não. Olá irritação e tristeza quando lembro que a distância nos separa. Olá desconforto ao saber que nunca vai dar certo. Olá desespero ao pensar que tu possa não acreditar que o que eu sinto é de verdade. Quando poderei despedir-me de tantos sentimentos? Nunca? Eu sei que talvez... ok, talvez não, é certeza, que nunca vai dar certo, que é um sentimento irreal, mas eu não posso negar que esse sentimento, apesar de irreal, existe, eu não posso simplesmente dizer que não e ele sumir. Espero que um dia tu entendas o que eu sinto. De coração mesmo.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Incertezas...


Meu ombro toca o teu. Sinto tua respiração e teu peito subir e descer enquanto se enche e se esvazia de ar. O mesmo ar que eu respiro. Minha respiração entra em sintonia com a tua, não posso deixar de notar. Minha vontade era de te abraçar, te beijar, mas sei que não posso. Eu mesma me proíbo disso. Seria um erro, mas talvez fosse valer a pena. Quando não é apenas o coração que fala, mas a mente impede. O que fazer? Tuas atitudes me parecem condizer com o que sinto, mas como ter certeza? Sempre pensei que o pior sentimento do mundo fosse me arrepender de algo que eu não fiz e poderia ter feito, mas talvez não seja. Talvez seja a incerteza. Essa sim me traz agonia.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O destino da fragilidade.

Muitas vezes, sem explicação alguma, entre mil desastres me deparo com a mesma questão: a fragilidade da vida.
Sempre vem à minha mente uma cena que não presenciei, mas que me marcou: a menina com a boneca na mão sendo atropelada e seu sapatinho caído no chão. Não, ela não morreu, mas supondo que sim, ela iria embora e seu sapatinho continuaria intacto no chão. Por poucos segundos em que soltou a mão de sua mãe agora estava naquela situação.
São pequenos atos, pequenos contratempos que levam a humanidade a alguns desses tantos desastres que todos os dias podemos tomar consciência ao assistir ao jornal na televisão.
É por essência principalmente desse motivo que me flagro todos os dias, nem que seja por um instante, a pensar sobre minhas decisões. Pequenas decisões me levam a grandes destinos. E tenho medo de que destinos sejam esses.
Sei que é bom agir por impulso, sem pensar no amanhã, mas ainda levo em conta a cautela. Sejamos livres, mas com responsabilidade. Sejamos espontâneos, mas cuidadosos.
Viver a vida intensamente, em todos os seus detalhes, mas nunca esquecendo do pé no chão.