segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A importância da vida


Depois de tanta gente falando sobre a gripe A hoje, resolvi me pronunciar. Eu sei que é um assunto chato e tal, já bastante batido, mas eu quero ver um lado que não se vê todos os dias na televisão.
Não há um dia em que não ouvimos falar sobre a nova gripe, e parece que está cada vez pior, médicos dizem que a mídia está sendo branda demais, céticos dizem que a mídia está fazendo sensacionalismo, e eu? O que eu acredito? Não sei, sinceramente, não sei. Mas estou um pouco preocupada, afinal, se posso prevenir pra quê esperar pra remediar? Mas não é bem sobre isso que eu quero falar. Como visto no título do post, quero falar sobre a importância da vida.
Com as notícias da pandemia aparecendo todos os dias, cada vez mais, eu penso em como seria se eu fosse uma vítima. Amigos iriam ao meu velório ou teriam medo de chegar perto? Minha família, como ficaria sem mim? Quanto tempo todos demorariam pra voltar a ter uma vida normal? E, o que mais me machuca, o que eu deixaria de herança para o mundo? Será que fiz o suficiente pelas pessoas antes de morrer ou fui uma pessoa egoísta e mesquinha? Como as pessoas iriam se lembrar de mim? Será que estou vivendo certo? E se há uma vida após a morte, eu me arrependeria do que fiz e do que não fiz?
Acho que a vida serve para que possamos aprender um pouco mais a cada dia, aprendermos a ajudar aos outros, aprendermos a amar o próximo, a sermos felizes com as coisas simples da vida, sermos felizes ao ver o sol que está brilhando lá fora, ao ver as flores coloridas, ao ver crianças brincando, ao deitarmos na grama e sentirmos o sol tocar o corpo, sermos felizes por simplesmente saber que estamos tendo a chance de viver nesse mundo, o que muitos não puderam desfrutar.
E ajudar aos outros, como disse, não precisa ser apenas com atos concretos, sempre digo que um sorriso melhora o dia de qualquer um, muitas vezes é só do que as pessoas precisam. Minha segunda opção é o abraço, que anda esquecido por conta da gripe A, mas que eu sinto muita falta. E quem disse que conversar também não ajuda?? Eu adoro ouvir as outras pessoas, ouvir o que estão passando, deixar que elas desabafem, e, por fim, tentar aconselhá-las. Talvez seja por isso que eu queira fazer psicologia algum dia.
Mas, pra não ficar um post muito extenso, por fim quero pedir que se cuidem. Nossa vida é muito importante. Não só para nós mesmos podermos aprender, mas para nossos familiares, amigos e para todos que convivemos, parecendo ou não. Imagine como se sentiriam se você não estivesse mais entre eles. Não podemos ser egoístas nesse momento. Todo cuidado é pouco para que não tenhamos que escrever uma nova música como Epitáfio dos Titãs.

domingo, 9 de agosto de 2009

Sou como você me vê


“Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar.”
(Clarice Lispector).

Essa frase me fez pensar. Ela descreve exatamente como eu sou, muitas pessoas me vêem como uma menina muito tímida, quieta, introvertida que só gosta de estudar e ficar em casa, outras me vêem como uma menina extrovertida, divertida, alegre, falante, quase hiperativa. E, por último, há aquelas que me vêem exatamente como sou, uma mistura das duas coisas, praticamente incompreensível, mas é bem assim.
Sempre fui daquelas crianças tímidas demais, que não falava com outras pessoas a não ser meus pais, até meus 10 anos, ou perto disso, quando minha irmã com seus 3 era o contrário de mim e meu pai resolveu deixar eu me virar, não pedia nada pra mim, eu que tinha que pedir, dizia que se eu não falasse com as pessoas eu não ganhava o que eu queria, acho que funcionou. Aprendi a me expressar mais, até participar de rádio eu consegui, mas restaram alguns resquícios da minha timidez, às vezes prefiro não falar nada por medo de não ser ‘aceita’.
Minhas notas no colégio eram sempre altas, o que fazia as pessoas me verem como estudiosa – muitas vezes até me chamaram de cdf - mas eu nunca estudei de verdade, sempre tirei minhas notas altas porque eu gosto de prestar atenção em aula, gosto de anotar tudo o que os professores falam, importante ou não, sempre, depois eu só preciso revisar. Essa é a maneira que eu encontrei de aprender mais fácil. Mas, pensando bem, se eu fosse uma nerd me orgulharia muito, afinal, quanto mais se estuda, melhor, não é? É o que vai decidir nosso futuro.
Durante muito tempo tive medo de não ser aceita. Me privei de minhas opiniões, desejos, pensamentos pra poder ser reconhecida como uma das melhores amigas da menina popular do colégio, o que só me fez mal. Quando, de repente, tomei o choque de perceber que havia deixado minhas verdadeiras amigas de lado e me tornado uma idiota, sem conteúdo, que pensa ser superior. Demorei pra reconhecer, por ser tão orgulhosa, mas cedi no final. E o pior de tudo é que não foi apenas uma vez.
Pela segunda vez estava eu lutando pra ser aceita em um grupo que eu acreditava ser de minhas amigas, é ruim fazer essa comparação, mas é como me sinto em relação a isso agora, como se eu tivesse ficado cega e aquelas fossem as únicas pessoas que pudessem me guiar. Eram meus oráculos sagrados, não fazia nada que elas não concordassem, era praticamente uma marionete, até o momento em que resolvi expressar o que eu sentia, o que eu pensava, o momento em que eu cortei as cordinhas que me seguravam nas mãos delas. Elas não gostaram nada e acabei vendo que por muito tempo pessoas que acreditei serem minhas amigas, eram meras controladoras.
Foi difícil me acostumar com minha nova vida, longe de toda e qualquer amiga. Na maioria do tempo eu ficava sozinha, não tinha com quem me relacionar. Minhas notas foram caindo e eu já não me importava mais. O mundo perdeu o sentido até que eu me encontrasse de novo. Vi que eu não estava sozinha no mundo, eu apenas não queria ver que tinha gente querendo me ajudar. Nunca esqueço da frase de uma amiga “Eu sei como tu te sente, já passei por tudo isso. Tu sabes que eu e todas aqui estamos sempre prontas pra te ajudar quando tu precisares”.
E o que eu tiro de lição de tudo isso é que nunca estamos sozinhos. Há sempre alguém em algum lugar que está pronto pra te ajudar, que quer te ver vencer os problemas, o mesmo alguém que me vê como a mistura de tudo que eu sou, a menina complicada e quase que incompreensível, a tímida extrovertida, a cdf que não estuda, a quietinha hiperativa. É só tirar a venda dos olhos, olhar para todos os lados. Eu tenho certeza que esse alguém vai estar esperando por ti de braços abertos assim como esperaram por mim. É só ter fé e acreditar que tudo vai melhorar. DIAS MELHORES VIRÃO!

sábado, 8 de agosto de 2009

Desabafos pessoais... dia 27/06/09

Às vezes eu me odeio pelo simples fato de ser eu, de ter nascido, porque, afinal, eu não posso fingir ser o que não sou. Eu só existo e ajo como eu mesma. E isso me irrita, porque eu não gosto de ser como eu sou. Eu não sei me controlar quando eu quero alguma coisa (lê-se alguém). Eu simplesmente faço as coisas naturalmente, mesmo sabendo que não vai dar certo. Falo coisas demais, outras de menos. É algo impossível de mudar, o jeito de ser. Talvez alguma coisa seja possível, mas como mudar o inconsciente?? Não há maneiras para isso. Eu quero me sentir desejada, amada, mulher! Mas ninguém entende isso. Dói-me tanto ver o que eu faço pra conseguir o que eu nunca vou ter! Apenas pra me sentir um pouquinho mais como mulher e um pouco menos como criança. É tão complicado. Depois do dia de hoje minha casa caiu. Minhas ilusões todas foram desmascaradas e eu não sei o que fazer com isso. Eu continuo querendo ser amada e me sentir mulher. Eu preciso aprender a controlar meus “instintos”, isso é quase impossível. Além de tudo, preciso mudar minha confiança nas pessoas. Eu não sei bem o que pensar a respeito disso, mas eu sinceramente confio muito em pessoas que não merecem. Apenas por ser inocente o suficiente para acreditar em qualquer mentirinha que me contam. Odeio ser eu. Quero um namorado que me entenda. E quero que ele apareça logo porque eu não to agüentando sozinha, preciso de um ombro pra chorar e ser consolada, de alguém que me beije dizendo que vai ficar tudo bem, de alguém que me dê carinho e atenção e que ria das coisas bobas da vida junto comigo. Alguém que saiba ser sério na hora certa e alegre também. Alguém em quem confiar... Eu, agora, preciso chorar, mas as lágrimas não aceitam rolar. Odeio meu orgulho, odeio o turbilhão de sentimentos e pensamentos que tomam conta de mim. Odeio meu ser. Queria poder me entender um pouco. Como posso ser tão complicada? Como a VIDA pode ser tão complicada? Por que tudo tem de ser assim, tão COMPLICADO? Por que as coisas não são simples, do tipo ser predestinada desde que nasceu a alguém, que você conhece e convive a vida toda com ela, até que chega o momento de casar, ter filhos e morrer feliz?? Por que essa tem de ser a exceção e não a regra? Por quê? Por quê? Por quê? Estou farta de tantos porquês. Quero uma vida simplificada. Quero coisas racionais. Simples. Exatas. Sem tanto subjetivismo. Quero romance, sim. Mas quero isso prático e simples. Limpo e exato.