sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Se tu soubesse quanta coisa guardo por ti... Guardo por ti carinho, admiração, amizade, mas também guardo algo mais forte.
Guardo ainda medo, timidez, vergonha e um pouco de falta de esperança.

Ah se tu soubesse...

Maybe you should change this before it gets too late...

Everything changes and nothing stays the same...

Lá vai, o texto mais clichê da vida: o balanço do meu ano.

Estava pensando em 2013, como eu tinha achado esse ano ruim, mas todo ano ruim tem seu lado bom. Pensei, pensei e descobri. Esse ano eu me resgatei de mim.
Durante algum tempo fui alguém que eu não era, dependi de pessoas que não deveriam me sustentar, perdi diversas oportunidades, convivi com gente que eu não gostava pra poder agradar outras pessoas. E, após um período de extrema tristeza, aos poucos, me redescobri. Lembrei de como eu era feliz antes disso, de como eu fazia o que eu queria sem que ninguém viesse me dizer o que era certo ou o que era errado. Por que alguém tem que me ditar regras?
Lembrei que eu já tenho meus 22 anos, os 23 não tardam a vir e eu tenho que correr contra o tempo e aproveitar cada segundo que me resta nesse mundo. Nunca se sabe se eu vou morrer daqui a 10, 30, 50 anos ou amanhã. Ninguém conhece o dia de amanhã. E por que raios eu devo me privar de algo que vai me fazer feliz?
Ouvi um dia a frase "livrai-me de tudo que me prende o riso" e é isso que eu repito, todos os dias. Aprendi a agradecer. Se hoje eu estou aqui e tenho tudo que tenho é graças a alguém. Aprendi a ver o lado bom das coisas, mesmo que seja pequeno.
Aprendi a dar valor a quem me dá valor e a reconhecer aqueles que só me fazem mal. Aprendi a ignorar quem não me faz bem e conviver com quem me faz feliz.
Cresci, mas também voltei no tempo. Voltei a ser quem eu era, voltei à minha essência. E quem me vê agora diz que sou muito mais feliz.
Agora não importa mais o que vai acontecer, só tenho a certeza de que serei eu mesma em qualquer situação, sem me prender por nada.

Mas apesar disso tudo, tenho a dizer que mal posso esperar esse ano ir embora. Quero um ano novinho em folha, com cheiro de recomeço e sabor de esperança. Tenho sede de viver! Quero que venham novos ares!

E pra terminar 2013 com um final feliz, lá vou eu mudar de novo :)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

La vita è adesso

Tanto tempo fazia que a caneta não tocava o papel, tantas vezes ela quis expor o que pensava e, às vezes, simplesmente, não havia o que falar. Tanto tempo quieta. E aí que ele chega, de mansinho, sem pretensão alguma e muda tudo. Estranho pensar que não há o que pensar. Estranho pensar que não há planos e que as coisas vão acontecendo assim, de repente. Sem aviso algum. E ele a lê como se soubesse tudo o que se passa na cabeça dela. E ele sabe o que ela precisa ouvir. Ela não precisa mais escrever. As palavras se perdem no meio de tantos pensamentos que não chegam a lugar algum. Tanto mudou e tão pouco tempo.
Tantas ideias diferentes em um curto lapso. Tantos sentimentos que foram, voltaram, chegaram, nunca mais foram vistos e ela continua aqui, talvez não mais a mesma, mas aqui. Porém sem mais esperar. Não há pelo o que esperar. Há apenas a vida e o viver. E la vita è adesso. Obrigada por me ensinar a viver. 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Make it work

Encarar a folha em branco tem sido complicado. Cada dia se torna mais importante preencher todas as linhas, todos os espaços em branco, cada pedacinho de um nada. É difícil deixar aquela questão em branco, aquele minuto vazio, sem uma ideia nova pra preenchê-lo. Complicado. Parece que quanto menos coisas eu tiver a fazer, mais coisas eu me proponho a realizar. Agora até dormir é difícil. Qualquer coisa se torna mais interessante do que um espaço em branco, um tempo pra fazer nada. Talvez seja porque os aspectos da minha vida, tudo o que eu mais queria que fossem preenchidos foram e eu só quero que o tempo passe mais rápido pra que tudo aconteça do jeito que eu quero. Mas e o medo de não acontecer? Eu sei que todo mundo corre riscos o tempo inteiro, temos sempre metade das chances pra cada lado, mas o que me preocupa é o lado negativo, a chance de ele sobrevir ao positivo em alguma situação que eu quisesse muito.

É como se tudo estivesse tão perfeito que, sei lá, uma hora teria que acabar. E tentou, e como tentou. Mas talvez eu também tenha aprendido a não me perder por qualquer coisa. Eu estou no meu caminho certo e não é qualquer pedrinha no meio dele que irá me derrubar. Eu tenho tudo o que eu quero e se ainda não tenho, tenho plena saúde e plena vontade de correr atrás. Uma hora tudo dá certo. Mas será que TUDO precisa dar certo? Será que tudo precisa estar dentro da nossa zona de conforto pra dar certo? Talvez não. Talvez "dar certo" seja apenas um estado de espírito, um jeito de ver a realidade. É tão complicado assim? Sempre? Acho que não. Acho que tudo tem um ponto de vista, tudo tem chance de dar certo, mesmo depois de dar errado, certo?

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Fluxo de pensamento nível hard

É, eu mudei de ideia, quero mesmo te ligar, só pra que tu ainda tenha esperanças de que eu vou continuar a te amar pra sempre, só que não é verdade. Quero que tu saibas tudo o que tu estás perdendo ao me deixar assim, livre, leve e solta. Já me vejo como amante de mim mesma, fico satisfeita com um porre completamente sozinha na varanda da minha casa e estou feliz. Feliz como eu nunca achei que estivesse longe de ti. To feliz por me amar, sério.
Mas fico triste por te deixar de lado, mesmo tu sendo tão seguro de si e achando que tá tudo certo, eu sei que não tá. Se tivesse tudo certo tu estarias aqui do meu lado ou eu aí do teu. Se fosse certo não doeria tanto. Tu não virias pra cá com cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança e sairia feliz depois de um cafuné e umas palavras de incentivo.
Tu ainda acha que isso é certo? Troquei o amor por ti pelo amor que eu mais precisava ter nesse momento, o amor por mim mesma. Obrigada por isso, de verdade.
Mas sei lá, certo não tá. Quem ama quer estar junto, quer sair junto, cara, quer beijar, quer abraçar, quer comer. Eu sei que tu nunca gostou que eu falasse assim, mas essa sou eu, esse é o meu jeito e assim que eu quero ser. Eu. Eu, eu mesma e só. Nada de Irenes, Janetes, Pedros ou Joões, só eu.
Talvez eu não tenha dito isso porque eu ainda gosto de ti e gosto mesmo, talvez até te ame, mas isso tudo tem me feito ver tanta coisa que eu não sei se vale a pena tentar. Não sei se vale a pena te dizer tudo isso e te magoar, não sei se eu ainda te amo tanto quanto estou me amando no momento.
Sabe que hoje um cara no super até me chamou a atenção, foi super gentil comigo e tudo e eu só neguei ajuda, porque tu ainda está em mim. Mas não sei ainda se é isso que eu quero pra mim... Não sei ainda se vale a pena insistir em nós dois. Não sei se vale a pena sofrer longe pra poder estar perto, assim, só porque tu quer.
Também outro dia recebi uns elogios por estar de batom vermelho e tu apenas perguntou se eu tava de batom, me deu um selinho de leve e ficou todo preocupado se iria ficar manchado ou não.
Sinto falta de ter um amor e não um cara que eu vejo de vez em quando e que não valoriza tudo isso que a gente tem entre a gente. Foram dois anos de amor construído e eu nunca te amei assim quanto nos últimos tempos, mas cara, até isso se vai depois de um tempo.
Será que tu não percebe que até mesmo a tua princesinha infantil, imatura e ridícula, cheia de crises de existência pode mudar? Acho que não. Tu continua agindo como se tudo isso fosse certo e como isso está sendo bom pra ti.
E tudo o que eu penso é: como seria se a gente terminasse de vez? Será que eu iria mesmo encontrar uma pessoa que me fizesse bem como ele me fez um dia? Será que iria demorar muito pra alguém me notar como ele me notou uma vez? Será que alguém iria me olhar do jeito que ele me olhava?
Porque desculpa, mas ultimamente te ver me olhando é a última coisa que acontece. Parece mesmo que tu gosta de joguinhos de amor. Tu gosta de ser ignorado e de ignorar o máximo possível e eu gosto de sentir. De me deixar levar pelo sentimento. Pode ser que eu me dê mal algum dia, mas sério, tu acha que ser assim também não vai fazer tu te dar mal?
Já me preocupei se tu irias ficar com alguém naquela maldita festinha, mas que diferença faz? Não é pra mim que tu vai ligar no outro dia de noite? Tipo perto das 9 em fim de semana ou perto das 10 dia de semana? É sempre assim, eu já te mapeei e não me preocupo mais com o que tu vá fazer, mas será que tu te preocupa comigo? Será que tu pensa que pode me perder? Mas deveria pensar.
Não vou estar sempre aqui, já disse isso uma vez e digo de novo. E se não tiver, como tu mesmo disse, vai doer, mas um dia passa e vamos ser felizes novamente, longe um do outro. Será que é isso que tu quer?
Sinto muito ter que te decepcionar, mas não sou mais a mesma. Todo o amor que eu gostava de te dedicar simplesmente está dormindo, está ressalvado. Porque tu sabe que gato escaldado tem medo de água fria. E eu não quero me entregar de novo, oh não, nem mesmo pra ti de novo. Sinto que isso vai demorar a acontecer novamente e, de novo, é isso que tu quer?
É isso que tu conseguiu com tudo isso, sinto muito. Eu mudei.
Pode ser só a bebida entrando no corpo e a verdade saindo, mas eu mudei. E não sei se tu tá disposto a mudar também... E não sei se eu to disposta a aceitar a tua mudança.
Simplesmente não sei mais nada. E se algo não acontecer em algum tempo, também não sei o que será de mim. Tenho medo do futuro, tenho medo do que vai acontecer amanhã porque nem eu mesma sei o que vai me dar vontade de fazer.
É, eu mudei. Será que tudo tem que mudar também?

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Friends With Kids

E é assim, eu choro porque nem um filme tão perfeito quanto o que a gente acabou de ver chega aos pés do que nós temos. Porque nós temos tudo. Nós temos um ao outro, nossa cumplicidade, nosso amor. E isso basta. Basta porque eu olho nos teus olhos e vejo tudo o que eu quero pra minha vida toda. E imagino (e mal posso esperar) como será quando tivermos o nosso futuro, todo junto construído. E vai ser emocionante sentar com o álbum de fotos nas mãos e lembrar de tudo que vivemos, mas, ao mesmo tempo, saber que o nosso melhor momento vai ser sempre o presente, um do lado do outro. Sempre.