domingo, 30 de maio de 2010

Improviso


Às vezes dói saber que embora o tempo tenha passado eu continuo inocente. Acreditar facilmente no que me dizem sempre foi um defeito meu e, apesar de parecer que eu tenha conseguido superar, algo sempre me surpreende. Outra coisa que tenho notado é que talvez eu tenha herdado um pouco do jeito da minha mãe, um pouco fria, mas apenas em certos momentos. Tenho tentado ser cautelosa, tenho tentado não me expor, mas pode isso ser possível? Tenho tentado mudar, mas mudar como e para quê? PARA QUÊ? Essa pergunta ronda meus dias ultimamente. Talvez nada tenha sentido, nós que o convencionamos. O mundo é todo convencionado, como dizem meus textos da faculdade, a verdade é móvel. Ninguém por mais inteligente que seja conseguirá provar que tudo o que sabemos é verdade. Bauman diz que vivemos em uma modernidade líquida. Mas por que só agora uma modernidade líquida? Todo o tempo se viveu em um mundo de incertezas, de abismos, descrenças, só não se havia percebido antes. Os sentidos vão se encaixando e desencaixando com tanta rapidez que minha mente não consegue acompanhar. Gosto de fazer uso do fluxo de consciência. Isso faz sentido pra você?

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