terça-feira, 23 de novembro de 2010


Ok, é oficial: não reajo sob pressão, desabo em poucos segundos, desabo em lágrimas salgadas que escorrem pelo meu rosto deixando rastros de rímel como em um fim de uma festa desastrosa. Lamentável estado deplorável. O que eu simplesmente não entendo é como é que as pessoas podem ser tão mesquinhas, egocêntricas e não pensarem em quanto dói a dor de uma pessoa como eu. O que custa passar cinco minutos a mais com pessoas que você (deveria) ama(r)? O que custa escutar com atenção o que alguém lhe diz? É claro que é mais fácil delegar suas responsabilidades a terceiros quando o seu interesse é o único que te importa, mas pense bem. Pense nos outros. É claro que é mais fácil brigar do que tentar compreender, mas tente. Seu coração se encherá de amor e paz, os gritos não mais existirão, o stress se minimizará e a dor, por fim, passará.
A dor de um, que compreendida diminui até desaparecer. As lágrimas se transformam em sorrisos que aos poucos extinguem o caroço preso na garganta lutando por visibilidade. A raiva vai se transformando em paciência, em ansiedade e, por fim, em luta pela continuidade. Minha realidade não é aquela com que eu sonho, mas posso imaginá-la e transformá-la em palavras para que o MEU caroço se desfaça, não só em gritos, não só em soluços, não só em choros, mas em agressões visíveis. Palavras-socos, palavras-chutes, segure essa voadora aí!

fly little bird, fly to the places that you want to go, fly away until I can't see you, fly away to so far away. I don't want to see you anymore. Goodbye little world.

sábado, 13 de novembro de 2010

Just think about it...


ah a dor. a dor que sinto quando te vejo. a dor ao ver teu olhar de encontro ao meu. a dor ao tentar te decifrar. a dor ao acreditar que pode ser verdade. a dor de te querer e não poder te ter. a dor de ouvir todos falarem e não te ouvir falar. a dor de te ouvir falar em outro alguém. a dor de acreditar que era tudo verdade e acordar pra realidade. a dor de te tocar, mas não poder te ter. a dor de te abraçar, mas não poder te beijar. a dor de te ter ao meu lado e não te ter. a dor de querer te abraçar, beijar, segurar tuas mãos. a dor de esconder tudo isso. a dor de te amar e não ser correspondida. a dor de todos acharem que é brincadeira. a dor de não acreditarem que machuca. a dor dolorida, escondida, mas não, ah não, isso não. a dor não, completamente, não fingida.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

No mundo mágico das lagoas...


Passei pela frente daquela casa, voltaram as borboletas na barriga junto com a notícia que eu recebi, coincidência? Veremos quando você voltar. Passa-se um filme em minha mente de tudo o que passamos juntos. Tudo o que (não) vivemos ainda está guardado no fundo do meu coração, onde guardo, num baú a sete chaves, sua última chance. Dor? A maior da minha vida, mas o amor é maior. Sim, sinto algo por ti que nunca senti igual por ninguém. Talvez muitos dos meus amores sejam paixões passageiras (ou duradouras), mas você continua aqui depois de oito anos a esperar. Guardo comigo suas feições, seu jeito, sua risada, sua timidez. Guardo comigo lembranças de um passado dolorido, mas nostálgico. Gosto de lembrar seu jeito, gosto de lembrar seu sorriso, seus dentes separados, um charme a mais, é claro. Gosto de lembrar suas piadas que podiam não ter graça, mas pra mim todas eram motivo para rir. Você era o motivo do sorriso no meu rosto durante todos aqueles longos cinco anos. Meu motivo para acordar e levantar da cama. Como era bom andar por todas aquelas quadras em silêncio do seu lado, só por estar do seu lado. Como era bom ouvir sua voz conversando com alguém, ouvir sua risada escandalosa que me fazia rir, guardar aquilo pra mim em forma de retribuição por tanto amor que lhe devotava. Ainda guardo as fotos, os recados, os bilhetes e as cartas. Ainda penso que poderia ser coincidência, mas lembro daquela música que dizia "se isso não é amor, o que mais pode ser?", sim, eu aceitaria seu jeito de qualquer maneira, você poderia ser como realmente é comigo, não me importaria nem um pouco. Tenho medo que eu pra você seja apenas mais uma, ou talvez que me esqueças algum dia, o que pode ser que já tenha acontecido, mas fico feliz por saber que um dia você, sinceramente ou não, retribuiu o que sentia (e sinto?). Ok, seu bônus está guardado até o momento que você mereça de verdade, amo você.



Você vai voltar! Yes!

sorria


dor dolorida esconde a
ferida
põe a máscara da alegria e sorri seu sorriso
amarelo
seu melhor sorriso, sua melhor feição.
sinceridade
escondida nas entrelinhas, nem mesmo quem me
conhece
enxerga a dor dolorida completamente
escondida,
ferida,
contundida.





"Smile, though your heart is aching, smile even though it's breaking, when there are clouds in the sky you'll get by..." Charles Chaplin

passos


pensando e caminhando lentamente,
pensamentos pesados,
leves passos.
Lembrei de ti.
volta a ser o que era pra eu ficar feliz?

acho que ainda te amo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nascimento


Letras formando palavras, formando frases confusas, mas decididas, batem na cabeça querendo sair como mãos que batem a porta querendo entrar. Sentido inexistente, mas se houvesse um seria esclarecedor, iluminaria mesmo o poço mais fundo pelo menos por alguns segundos. Mesmo indecifrável, libertador. Dói no processo de formação, um parto de textos, um parto de sentindo incoerente. Um parto de desabafos. Amém dorzinha, adeus, volte nunca mais, obrigada.





A dor da perda me acompanha ainda, mas gosto do sentimento de voltar a escrever. Não quero falar mais sobre isso. Vá com Deus e siga o caminho das flores amarelas. Amo você.