segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dias melhores virão


“...eu sei que o amor é uma coisa boa, mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa...”

Escuto a voz grave e suave de Elis Regina saindo pelos fones, a todo volume possível enquanto me apóio no meu travesseiro fofo e me cubro com o meu cobertor preferido. Mais uma decepção, mais lágrimas correndo pelo meu rosto. Mais uma decepção acima de tudo comigo mesma por não ter aprendido. Quando eu vou aprender? O aperto no meu coração e na minha garganta são maiores do que qualquer coisa. A esperança pode ser a última que morre, mas talvez um dia realmente ela morra quando o espelho da realidade é colocado na nossa frente, obrigando-nos a enxergar as coisas como elas são e não idealizadas como minha mente me forçava a acreditar.
É interessante ver como as coisas são sempre iguais na minha vida. Me parece um ciclo, só muda o início, na maioria das vezes, o resto transcorre de acordo com a tendência. Mas são coisas da vida, tenho que me conformar com o que ela apronta comigo e aprender a agir diante tais empecilhos. Um dia eu consigo. Dias melhores pra sempre! :)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Olá estranho!


Olá estranho que tanto me conhece. Olá amor que não sei de onde vem e nem pra onde vai. Olá sentimento que invade meu peito sem eu poder dizer não. Olá irritação e tristeza quando lembro que a distância nos separa. Olá desconforto ao saber que nunca vai dar certo. Olá desespero ao pensar que tu possa não acreditar que o que eu sinto é de verdade. Quando poderei despedir-me de tantos sentimentos? Nunca? Eu sei que talvez... ok, talvez não, é certeza, que nunca vai dar certo, que é um sentimento irreal, mas eu não posso negar que esse sentimento, apesar de irreal, existe, eu não posso simplesmente dizer que não e ele sumir. Espero que um dia tu entendas o que eu sinto. De coração mesmo.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Incertezas...


Meu ombro toca o teu. Sinto tua respiração e teu peito subir e descer enquanto se enche e se esvazia de ar. O mesmo ar que eu respiro. Minha respiração entra em sintonia com a tua, não posso deixar de notar. Minha vontade era de te abraçar, te beijar, mas sei que não posso. Eu mesma me proíbo disso. Seria um erro, mas talvez fosse valer a pena. Quando não é apenas o coração que fala, mas a mente impede. O que fazer? Tuas atitudes me parecem condizer com o que sinto, mas como ter certeza? Sempre pensei que o pior sentimento do mundo fosse me arrepender de algo que eu não fiz e poderia ter feito, mas talvez não seja. Talvez seja a incerteza. Essa sim me traz agonia.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O destino da fragilidade.

Muitas vezes, sem explicação alguma, entre mil desastres me deparo com a mesma questão: a fragilidade da vida.
Sempre vem à minha mente uma cena que não presenciei, mas que me marcou: a menina com a boneca na mão sendo atropelada e seu sapatinho caído no chão. Não, ela não morreu, mas supondo que sim, ela iria embora e seu sapatinho continuaria intacto no chão. Por poucos segundos em que soltou a mão de sua mãe agora estava naquela situação.
São pequenos atos, pequenos contratempos que levam a humanidade a alguns desses tantos desastres que todos os dias podemos tomar consciência ao assistir ao jornal na televisão.
É por essência principalmente desse motivo que me flagro todos os dias, nem que seja por um instante, a pensar sobre minhas decisões. Pequenas decisões me levam a grandes destinos. E tenho medo de que destinos sejam esses.
Sei que é bom agir por impulso, sem pensar no amanhã, mas ainda levo em conta a cautela. Sejamos livres, mas com responsabilidade. Sejamos espontâneos, mas cuidadosos.
Viver a vida intensamente, em todos os seus detalhes, mas nunca esquecendo do pé no chão.

Primeiro de Abril?

Dói tanto se conter, dói tanto não falar o que está preso na minha garganta gritando pra sair. Dói e não posso explicar o quanto.
Não posso falar, devo ficar calada. Não que haja alguém me impedindo. Mas há algo que me diz para ficar calada. Há uma barreira invisível que não me deixa clicar duas vezes com o botão esquerdo do mouse no nome dele que quase brilha na minha frente pedindo para ser chamado.
Resisto à tentação e me mantenho quieta. Talvez seguir meus instintos traga alguma recompensa. Quem sabe? Sempre disse que paciência definitivamente não é uma de minhas qualidades, mas devo aprender a conviver com ela.
Dias se passam e sinto um aperto gostoso no peito ao ver o nome dele piscando na minha barra de tarefas. Ele estava ali, querendo falar comigo. E não era primeiro de abril.